Neste espaço pretendo partilhar com toda a blogosfera a minha visão sobre os assuntos que vão fazendo o dia-a-dia de todos nós, aqui passará à posteridade... Outros assuntos que mexam com o civismo, que vai faltando na nossa sociedade e a camaradagem, que é fundamental para seguir em frente... são bem vindos ao "civismo e camaradagem".

segunda-feira, maio 07, 2007

O desaparecimento da pequena Maddie

Ontem, Dia da Mãe, houve uma mãe que esteve no pensamento de muitos dos portugueses e um pouco por todo o mundo... refiro-me à mãe da pequena Madeleine McCann, menina de três anos de idade, que está desaparecida desde as 21:30 de quinta-feira de um aldeamento turístico em Lagos, Algarve.
A criança inglesa desapareceu do quarto onde dormia com os irmãos, gémeos de 2 anos, enquanto os pais jantavam num restaurante a alguns metros da casa.
Ao invés de apurar causas para esta catástrofe, erros, eventual negligência ou apontar o dedo seja a quem for, não consigo culpar alguém que deve estar a sofrer a maior das dores, a perca de um filho. Alguém roubou o que mais de precioso uma pessoa pode ter, um filho... é impossível ter noção, e espero nunca vir a ter, da dor por que estarão a passar os pais daquela menina.
Mais de 80 horas após a menina de três anos ter desaparecido de um complexo turístico da Praia da Luz, em Lagos, a polícia prossegue as buscas incessantemente, mas remete-se ao silêncio quanto aos resultados da investigação.
Sobre este caso, é do conhecimento público, através de jornais britânicos, que existe um retrato robô do primeiro suspeito, mas visto de costas. Fonte próxima das investigações afirmou ontem que o suspeito da autoria do rapto «É um indivíduo de estatura média, de cerca de 40 anos e encorpado», adiantando que «são conhecidos os traços fisionómicos principais» do raptor, que as autoridades acreditam ser de nacionalidade britânica.
As acusações ao procedimento das autoridades portuguesas na forma como conduziram este caso têm surgido, cada vez mais, principalmente por parte dos britânicos, sendo acusadas de lentas na reacção ao desaparecimento.
Ao que parece as autoridades que estão a investigar este caso só tiveram uma fotografia da criança no dia seguinte. Os tablóides ingleses lembram ainda que a fronteira com Espanha, através do Rio Guadiana, está a 90 minutos de distância, o que pode ter permitido ao sequestrador fugir e que qualquer pessoa pode passar a fronteira com Espanha sem ter de ser identificado e que não foi feito qualquer controlo nesta fronteira após o sucedido. A polícia portuguesa é ainda acusada de só se referir à possibilidade de rapto 12 horas após o desaparecimento da criança.
O Daily Mail, por exemplo, considera que a polícia portuguesa cometeu uma série de erros que permitiram ao raptor fugir em segurança e enumera-os: os serviços de fronteira só foram alertados na sexta-feira, 15 horas depois do desaparecimento da criança, que a polícia só começou a admitir o rapto muitas horas depois e só no sábado começaram as buscas nos apartamentos daquela unidade hoteleira.
O Daily Mail acrescenta que só no domingo as autoridades pediram uma listagem dos hóspedes e pessoal da unidade turística e que o apartamento de onde a criança desapareceu não tinha sido devidamente selado.
Bem, tudo isto dá que pensar, mas será que podia ter sido feito mais para evitar este desenrolar deste trágico acontecimento? Os dados serão apurados mais tarde, no entanto, neste momento isso parece-me irrelevante, o que é importante é seguir o rasto da menina, encontrar aquela princesinha que foi roubada aos seus pais, acabar com a angústia de todos os que sofrem com este acontecimento. Ajudar as autoridades a desempenharem o seu papel, ajudar os seus pais a suportar a dor.
Acusando as pessoas de negligentes, porque estavam a jantar a uns metros dos seus filhos, num espaço teoricamente seguro e barrado do acesso de estranhos ao aldeamento, com saídas frequentes do restaurante para ir ver como estavam os seus filhos... parece-me algo pricipitado e, nesta altura, nada oportuno. Acusar as autoridades portuguesas de incompetência, quando é essencialmente deles que dependemos para reencontrar a menina, é de todo descabido. Até porque, há timmings para que as autoridades actuem, não se pode ter um polícia em cada esquina, nem mobilizar todas os meios para um determinado local, sem apurar que é mesmo necessário.
Se as autoridades portuguesas, actuaram mal neste caso, foram lentas, incompetentes, o que dizer dos britânicos, que deixaram bombistas entrarem na sua cadeia altamente vigiada de metropolitano e transportes públicos, quando tinham indícios claros através dos seus serviços secretos, que tal poderia acontecer a qualquer momento? Mas mesmo assim permitiram que dezenas de inocentes pagassem com a sua vida as guerras do seu governo com os países islâmicos. Aí de que deverão ser acusadas as autoridades britânicas?
Deixemo-nos de apontar o dedo aos que foram envolvidos em tudo isto e que, certamente, tudo dariam para que não acontecesse, caso dos pais da Maddie, das autoridades que vasculham o Algarve por terra, ar e mar...
Mas uma coisa é certa. Isto dá que pensar. Que saibamos todos tirar as devidas ilações desta tragédia que bateu à porta daquela família inglesa e aprender com a infelicidade que se lhes deparou. É que mais vale prevenir que remediar...

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

na volta os pais ainda têm é culpa no desaparecimento da pobre miuda!

10:54 da tarde

 

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