Perseguições policiais: Disparar ou não, eis a questão...
No espaço de cinco dias a zona do Grande Porto foi palco de duas perseguições a grande velocidade de viaturas da Guarda Nacional Republicana a viaturas com jovens que tentavam escapar aos agentes da lei e acabaram ambos por ser alvejados, no primeiro caso retirando a vida a um dos ocupantes da viatura e domingo ferindo com gravidade dois dos ocupantes, estando um ainda em estado muito grave. Um jovem de 22 anos e uma rapariga de 17 foram baleados pela GNR em Grijó, Gaia, após o furto da viatura em que seguiam e uma hora de perseguição pelas freguesias do concelho.
Estes dois casos terminaram da mesma maneira e por isso foram tornados públicos, aliás desde o início do ano são já sete as perseguições policiais que acabam noutras tantas mortes e esperemos que a de ontem não venha a aumentar o número de mortes, pois o jovem alvejado está a lutar pela vida, mas quem vive na malha urbana das duas grandes cidades de Portugal, sabe que este tipo de perseguições acontecem com frequência, muitas das vezes com troca de tiros, no entanto a maior parte acaba com os perseguidos a conseguirem escapar às autoridades.
Enfim, a questão aos olhos da opinião pública parece não ser o que está na génese das referidas perseguições, ou seja os crimes praticados pelos condutores das viaturas em fuga, mas sim o facto dos agentes das autoridade dispararem sobre os delinquentes que estão em fuga. Há quem diga, que têm que atirar para os pneus, que devem disparar de forma a não colocar em risco a vida dos cidadãos que estão em fuga.
Bem, parece-me que as pessoas andam a ver muitos filmes vindos de Hollywood, quem já esteve numa experiência idêntica poderá dar o seu testemunho, sobre o que é estar numa situação em que se vai a grande velocidade e tem que se acertar num alvo em movimento e ainda por cima não se podem chegar demasiado perto para não aumentar a probabilidade de ser alvejado pelos perseguidos.
Lamentando mais um caso que preocupa todos os cidadãos e principalmente a dôr das famílias dos criminosos abatidos, não posso deixar de manifestar a minha solidariedade para com os homens e mulheres das nossas forças policiais que estão envolvidos nestes casos e nenhum que queira cumprir a sua nobre actividade está livre de lhe acontecer algo idêntico no futuro, a não ser que feche os olhos ao crime, deixe de cumprir o seu papel. Porque nestas coisas de polícias e ladrões sempre estive e estarei do lado dos polícias, continuo a defender que alguém tem que pôr cobro à delinquência que vai aumentando neste país e se os polícias não o fizerem quem fará?
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