Neste espaço pretendo partilhar com toda a blogosfera a minha visão sobre os assuntos que vão fazendo o dia-a-dia de todos nós, aqui passará à posteridade... Outros assuntos que mexam com o civismo, que vai faltando na nossa sociedade e a camaradagem, que é fundamental para seguir em frente... são bem vindos ao "civismo e camaradagem".

segunda-feira, maio 08, 2006

Banco alimentar, política e futebol

Este fim-de-semana foi rico em actividades que merecem a nossa reflexão. Começo pelo que considero mais importante. Decorreu mais uma acção de recolha de alimentos do Banco Alimentar Contra a Fome.
A campanha reuniu mais de mil toneladas de géneros alimentícios, um aumento de 130 toneladas face a idêntico período de 2005, nos dez Bancos Alimentares espalhados pelo país, faltando ainda contabilizar as ofertas em vales, introduzidas este ano nas superfícies comerciais com menores dimensões.
Os portugueses, mais uma vez, mostraram que, mesmo em tempos de grandes dificuldades, conseguem ser solidários com os que nada têm, conseguem mobilizar-se e de forma voluntária e gratuita trabalhar na recolha dos referidos alimentos, assim como levar um saquinho para dentro das lojas e fazer compras com a intenção de oferecer aos mais necessitados.
O sucesso destas iniciativas, na minha óptica, acenta na abertura das campanhas à comunidade, através da comunicação social. Não há secretismo, as pessoas acompanham todo o processo e sabem que estão a ajudar quem realmente precisa.
Os alimentos perecíveis começaram hoje a ser distribuídos às 200.000 pessoas abrangidas pela acção do Banco Alimentar, enquanto a distribuição dos restantes alimentos às 1.172 instituições beneficiárias tem início amanhã. Este é outro mérito destas campanhas, quem ajuda, sabe que o faz para os necessitados da sua região geográfica, pois estes estão mais perto da vista e, claramente mais perto do coração.

Na política, os dois maiores partidos da direita foram a votos e mantiveram os mesmos lideres, Marques Mendes era o único candidato à liderança do PSD e Ribeiro e Castro, o único assumido ao CDS, se bem que que neste caso, o jovem João Almeida, chegou a entrar na corrida, ou não... enfim, não consegui perceber as suas reais intenções. Inegável é que ninguém quiz assumir a tentativa de liderar estes partidos, para além dos que já lá estavam, talvez porque estamos longe de actos eleitorais e quando os notáveis derem a cara, será para chegar, ver e (tentar) vencer.

Para terminar falemos do futebol. Deixo este assunto para o fim, porque é realmente essa a importância que lhe devemos dar. Futebol é diversão, recreio, lazer, nada mais que isso, pelo menos para os adeptos, porque atletas, treinadores e dirigentes, esses têm muito dinheiro em jogo. No futebol, não devida de haver casos de "vida ou morte", mas infelizmente parece que estes princípios já lá vão.
Mérito para o Sporting, que garantiu o segundo lugar da I Liga e consequente entrada directa na Liga dos Campeões na próxima temporada.
Felicitações para Paços de Ferreira, Gil Vicente, Académica e Naval 1º Maio, que na última jornada conseguiram permanecer no escalão máximo.
Quanto a Penafiel, Rio Ave, Vitória de Guimarães e Belenenses, desceram, mas a vida continua. É verdade que se tratam de emblemas históricos do nosso futebol, em especial os de Belém e da cidade-berço, mas a derrota faz parte do desporto, alguém tinha que descer, é a lei da vida. Nada justifica as atitudes lamentáveis dos adeptos vimaranenses que não souberam aceitar o que há algumas jornadas parecia inevitável, a descida, depois de 48 épocas consecutivas no principal escalão.
Palavra final, para a Beira-Litoral, que na próxima temporada vai ter quatro equipas entre as 16 da I Liga, um feito histórico. As cidades de Leiria, Coimbra, Figueira da Foz e Aveiro estão de parabéns.