Neste espaço pretendo partilhar com toda a blogosfera a minha visão sobre os assuntos que vão fazendo o dia-a-dia de todos nós, aqui passará à posteridade... Outros assuntos que mexam com o civismo, que vai faltando na nossa sociedade e a camaradagem, que é fundamental para seguir em frente... são bem vindos ao "civismo e camaradagem".

segunda-feira, abril 23, 2007

Livros do Mundo da Bola, mal empregues as árvores abatidas...

Neste Dia Mundial do Livro, quero começar por falar-vos de protecção ambiental. Do que o Homem está a fazer ao planeta, a destruição do nosso habitat...
Mas vou apenas referir-me às árvores, que nos dão o oxigénio que nos permite respirar, que nos dão a sombra, que nos permite juntar a família e amigos nos belos piqueniques, que nos dão a madeira para que nos possamos aquecer... Enfim, mas tudo isto vocês já sabem, mas convém não esquecer, que estamos a destruir o planeta, sempre que abatemos uma árvore de forma desnecessária.
Posto isto, é precisamente ao abate a árvores que me quero referir... neste caso para levar para as fábricas de celulose, para depois fazer a pasta de papel, que no processo de fabrico nos dá o papel, onde as crianças aprendem a escrever, onde são impressos os jornais que nos dão as notícias do Mundo, onde são escritos os livros, que ficam para a posteridade e marcam a cultura de um povo.
Pois é, e é aqui que a coisa se complica, é que por uma questão de protecção ambiental, não só do abate a árvores, como também da poluição que neles está contida, parece-me que é urgente criar uma entidade que regule e realmente actue sobre quem são os autores dos livros e as barbaridades que neles estão contidas e os assuntos que são abordados, porque gastar papel para publicar determinados livros, abatendo árvores que nos fazem tanta falta e ainda por cima desperdiçar tinta para escrever sobre determinados assuntos, parece-me uma inconsciência.
Ultimamente está na moda escrever-se sobre assuntos do mundo da bola... jogadores, treinadores, jornalistas, analistas da coisa, mulheres vingativas, presidentes... que raio, mas será que esses assuntos têm assim tanto interesse?
Pelos vistos, parece que sim, porque vendem às centenas de milhares... são os mais comprados, são os que mais tinta fazem correr... ora e até eu, que não lhes reconheço mérito literário, estou a falar deles...
Sou um apaixonado pelo Futebol, admito que tenho livros sobre futebol, mas sobre astros como Mazzola, Puskas, Pélé, Eusébio, Maradona, Figo, tenho livros sobre clubes, instituições como Real Madrid, Benfica ou Ajax de Amesterdão...
Agora dar-me ao luxo de comprar, ou mesmo, ler um livro escrito com base no que uma senhora resolveu que alguém lhe escrevesse em alternativa à vida principesca que havia perdido, ao deixar o poder da Bola? Ou de um pseudo-intelectual do futebol, que tem vivido por dentro das entranhas deste mundo obscuro e depois aparece com comentários na TV e nos seus livros, com discurso do género, Octávio Machado, ao estilo "Vocês sabem do que eu estou a falar...", como se também não viva da mesquinhês que tanto insinua.
Agora, para que o ramalhete fique completo, quando Jorge Nuno Pinto da Costa assinala 25 anos como presidente do Futebol Clube do Porto, surge um livro, que, é verdade, impunha-se, para falar dos feitos históricos deste clube, que desportivamente ganhou tudo o que havia para ganhar neste periodo, passou a ser um Gigante do futebol mundial, passou a dominar também noutras modalidades, como hóquei em patins, basquetebol ou andebol.
Tinha muita vontade de comprar o livro sobre este quarto de século do clube dos Dragões, que muito aprecio, mas porque será que ninguém disse a Pinto da Costa, para separar o "Trigo do Joio"?
Porque será que tinha que dedicar, neste livro, que seria um documento histórico, um capítulo a Carolina Salgado, onde se segue, a linha do livro desta senhora e se desce ainda mais baixo?
Como é que vou explicar aos minhos filhos, a grandeza do Futebol Clube do Porto, quando chegar ao capítulo onde o seu presidente aborda de forma clara, uma eventual tentativa de homicídio a um tal Bexiga encomendada, ainda não percebi, nem estou muito interessado em perceber, por quem?
Fala-se ainda em consumo de drogas por parte de uma senhora que foi casada com o presidente daquela nobre instituição, pedidos de resgate pela mesma... e para completar, ainda se orgulha de ter transformado uma empregada de alterne numa escritora... colocando, num que podia ser um documento histórico e obra de eventual prospecção de novos adeptos, coisas tão baixas, tão despreziveis. Esta não, senhor presidente... não percebo.
Apesar de ser um defensor dos livros e dos hábitos de leitura, entendo que estes devem, no mínimo, divertir-nos, mas estes livros do mundinho da bola, vendem muito, é verdade, mas são tão deprimentes, que deveriam ser censurados... sim, ao estilo ditatorial. Depois ainda há quem fique admirado com o triunfo do ditador Salazar na eleição da RTP sobre o maior português de sempre, esta libertinagem no que se escreve é mais um dos exemplos daquilo a que esta pseudo-democracia chegou...
Por favor, parem de abater as árvores, é que para mim, e ao contrário do que sempre nos foi ensinado, actualmente para ser Homem, já não basta ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro... agora também há que lutar contra o abate de árvores, evitando que se escrevam livros que nada de útil trazem aos nossos filhos.

segunda-feira, abril 16, 2007

Semana do Empreendedorismo na OPEN

A OPEN (Associação para Oportunidades Específicas de Negócio) vai promover, com o apoio da Câmara Municipal da Marinha Grande, entre 16 e 20 deste mês, nas suas instalações sedeadas na Zona Industrial do Casal da Lebre, na Marinha Grande, a 3ª Edição da Semana do Empreendedorismo.
Este evento “procurará abordar temáticas tão diversas como o Empreendedorismo em sectores tradicionais, o ensino do Empreendedorismo nas escolas, o Empreendedorismo tecnológico ou o Empreendedorismo Social, entre outros”.
Este evento contará ainda com a participação do Prof. Christopher Curtis, uma dos maiores especialistas mundiais na formação de Empreendedorismo, que ministrará um curso de Avaliação das Características Empreendedoras.

Feira de Gestão na EPAMG

A Escola Profissional e Artística da Marinha Grande, promove nos próximos dias 18, 19 e 20, a I Feira de Gestão, intitulada "A minha oportunidade".
A organização está a cargo dos alunos do curso de Gestão/Gestão de Recursos Humanos, e tem como objectivos promover o debate e troca de experiências entre estudantes, profissionais e representantes de entidades associativas ou institucionais, numa perpectiva empreendedora e de grande importância para toda a comunidade escolar.
A Feira de Gestão, irá decorrer nas instalações da referida escola, com a apresentação de diversas empresas, expositores temáticos e palestras apresentadas por personalidades ligadas aos negócios do concelho e da região.

segunda-feira, abril 09, 2007

Tributo a Adriano Correia de Oliveira

“Adriano Sempre” é o nome de uma iniciativa a ter lugar esta noite na Marinha Grande, num conjunto de eventos que constituem actos da homenagem a Adriano Correia de Oliveira.
Pelas 21h15, tem lugar no Auditório do Museu do Vidro uma sessão solene com a presença dos filhos Isabel e José Manuel Correia de Oliveira, assim como José Niza e Manuel Alegre. Pelas 22h30, terá lugar o lançamento do CD – “Adriano Sempre – Tributo dos Amigos” – Canto livre com a participação de Francisco Fanhais, Luísa Maio e João Miguel, seguido, pelas 23 horas, da inauguração da Exposição “Adriano Sempre” na Biblioteca Municipal, onde ficará patente até 13 de Abril e de 14 a 28 de Abril poderá ser visitada no Cristal Atrium.
Inserida na homenagem ao artista, a 21 de Abril, pelas 22 horas, o Parque Municipal de Exposições, recebe o espectáculo, “Adriano Sempre”, com a participação dos amigos de Adriano Correia de Oliveira.

Está de volta a regionalização

10 anos depois de ter sido chumbada em referendo, a regionalização em Portugal volta a estar em foco. Desde já deixo bem claro que sou totalmente a favor de tudo o que seja descentralizar os poderes, dar mais meios e autonomia aos agentes locais. Se é de Democracia que se trata o nosso regime político, então há que colocar o poder mais próximo do povo, para que Portugal deixe de ser, como até aqui, "Lisboa e o resto é paisagem...".
A reforma das regiões vai voltar à agenda política a 26 de Abril, data em que será constituída por escritura pública, em Coimbra, a Associação Movimento Cívico «Regiões, Sim», onde ficará a sede do movimento. Trinta e três anos depois do grito de liberdade dado pelo povo, na "Revolução dos Cravos", os portugueses podem voltar a unir-se na tentiva de libertarem-se das amarras dos poderes, que nunca deixaram de estar demasiado centralizados na capital.
A Associação Movimento Cívico «Regiões, Sim», assume-se como independente e apartidária, acolhendo sensibilidades da esquerda à direita e terá já congregado o apoio de cem personalidades dispostas a mobilizar-se para recolher as 75 mil assinaturas necessárias para apresentar, na Assembleia da República, uma proposta legislativa com vista a levar a referendo a criação das regiões administrativas, tendo por base o modelo das cinco regiões-plano (que coincidem com o mapa das actuais comissões de coordenação regional).
Depois de durante uma das legislaturas de Mário Soares, o Governo ter recusado avançar com a regionalização, pois estava na "bancarrota" e de no tempo de Cavaco Silva a presidência da União Europeia ter sido o entrave à criação das bases para avançar com esse objectivo. António Guterres levou o assunto a referendo, mas diga-se que o mapa proposto era, desde logo, um caso perdido. Durão Barroso ainda nos trouxe novidades nesta matéria, com a reforma intermunicipalista, com criação das áreas metropolitanas e das comunidades urbanas, mas agora com Sócrates a fazer da reforma do Estado uma das suas bandeiras, eis que me parece, que o Estado, no seu todo, com todas as suas caracteristicas, precisa de uma reforma também na área geo-política. A regionalização, ou outro nome que lhe queiram chamar, tem pernas para andar, tudo para tentar evitar a descaracterização do nosso Portugal. Temos o interior cada vez mais próximo do litoral, é verdade, em tempo e forma de lá chegar, mas, também é verdade que está muito mais longe em infra-estruturas, em capacidade para segurar as suas populações, para dar qualidade de vida às suas gentes. Assistimos a uma desertificação acelerada de grande parte do país, o Norte está cada vez pior, não há investimento estruturante, o nível de vida das populações está cada vez mais longe da Europa, o Centro está em queda-livre, o Alentejo não tem soluções à vista, o próprio Algarve parece perder fundos estruturais e, evolução na escala europeia, só mesmo na capital, na região de Lisboa e Vale do Tejo... mas infelizmente, a tendência é que esta disparidade se acentue, pois os principais investimentos que aí vêm são de um combóio de alta velocidade a ligar Lisboa com a Europa e com algumas cidades nacionais e o novo aeroporto internacional para Lisboa.
Para espanto dos, que alguns apelidam de "provincianos" da região a norte de Lisboa, onde me incluo, ainda há quem queira fazer o dito aeroporto na margem sul do Tejo... sabendo nós que é do Tejo para cima que está a maior parte da população nacional, das empresas portuguesas, parece-me lógico, que o novo aeroporto deverá ficar na área de Lisboa, claro que sim, mas quanto mais a norte, melhor, para atenuar as desigualdades já existentes, entre quem cria riqueza e quem desfruta dela.

segunda-feira, abril 02, 2007

Escreveu-se mais uma página negra da história do futebol português

O Clássico do estádio da Luz entre Benfica e FC Porto que se apresentava com contornos de muito importante na luta pelo título nacional, levou ao estádio da Luz mais de 62 mil espectadores que tornaram o ambiente de grande euforia, um espectáculo memorável na coreografia que foi planeada e executada antes do jogo ter início... muitas famílias presentes no estádio, casais com adeptos dos dois clubes a transportarem o amor pelos seus clubes em comunhão com o amor entre si, para assistirem de forma pacífica a um jogo de futebol.
O dia de ontem tinha tudo para ser uma festa linda, muitos adeptos, famílias, senhoras, crianças, coreografia, estádio cheio, cheerleaders, excelentes executantes, bons momentos de futebol. Mas, na minha óptica tudo isto fica para segundo plano.
Continuam a haver confrontos antes dos jogos, confrontos entre claques, atentados à integridade física de cidadãos anónimos que vão ver o espectáculo, crianças e senhoras a sairem do estádio em maca.
Desta vez, e talvez devido à semana ter sido dedicada às selecções nacionais, não se pode culpar as declarações dos dirigentes que muitas das vezes "encendeiam" o ambiente antes dos clássicos, pois tal não aconteceu. As claques organizadas do FC Porto, como habitualmente, voltaram a ser escoltadas desde Alvalade até à Luz, com a escolta policial a ser muito forte em número de homens e armas com que iam munidos. À chegada ao estádio do Benfica, como tem acontecido nestas deslocações do FC Porto ao Benfica, os adeptos do FC Porto foram recebidos com agressividade e arremesso de diversos objectos para cima dos elementos das claques portistas. Numa recepção nada civilizada, que serviu para continuar a acender o rastilho da violência em torno do jogo.
Entradas para as bancadas do estádio, as claques foram colocadas no 4º anel do topo norte, para onde passaram a estar as claques das equipas que visitam o Benfica nos jogos mais recentes, estiveram lá os adeptos do Celtic, Manchester United, Paris Saint-Germain... nunca houve quaisquer problemas, mas este jogo, todos já deviam saber disso, move ódios de longa data. Vai daí, o que mais se temia veio a acontecer, pois três adeptos do FC Porto foram detidos e três pessoas ficaram feridas durante o jogo. Os três adeptos do FC Porto foram detidos por terem lançado, durante o jogo, sete petardos e duas cadeiras na direcção dos simpatizantes do Benfica. Durante o jogo, 50 adeptos do FC Porto foram retirados das bancadas para serem revistados e a maioria não regressou para dentro do estádio.
Depois disto, a posição da polícia é de contentamento com a sua prestação, fazendo um saldo positivo deste jogo e da sua actuação. Parece-me inpensável que se faça um saldo positivo, quando a polícia não actuou na prevenção de males maiores, pois se actuaram na repressão dos agressores, antes, durante e depois do jogo, parece-me ilógico, que só depois de sete petardos rebentarem vindos das claques do FC Porto é que alguns dos seus elementos foram revistados. Porque é que tal não foi feito antes do jogo, antes da entrada no estádio, como acontece com qualquer outros assistente?
Os dirigentes dos clubes, federativos, da Liga e autoridades deste país, têm que tomar medidas para acabar com este clima de guerra civil criado em torno destes jogos. Portugal não aprendeu com os erros do passado, onde, recordo, um adepto do Sporting foi morto em plena festa do futebol, quando foi ao Jamor ver a final da Taça de Portugal do seu clube contra o Benfica e foi alvo de um disparo de um foguete very-light, vindo do topo oposto do estádio, saído de uma das claques do Benfica.
As claques continuam a espalhar a sua onda de terror pelos estádios de futebol, quando são indivíduos patrocinados pelos clubes e que nem pagam o mesmo que os cidadãos anónimos para assistir aos espectáculos.
Se os clubes não acabam com as suas claques, então identifiquem-se os intervenientes nas batalhas campais e proibam-se de entrar nos estádios. Para bem do futebol, o espectáculo que em Portugal mobiliza mais interesse e movimenta mais massas, ponham mãos nestas atitudes deploráveis. Não acabem com a única coisa que ainda vai dando algum ânimo aos portugueses.