Neste espaço pretendo partilhar com toda a blogosfera a minha visão sobre os assuntos que vão fazendo o dia-a-dia de todos nós, aqui passará à posteridade... Outros assuntos que mexam com o civismo, que vai faltando na nossa sociedade e a camaradagem, que é fundamental para seguir em frente... são bem vindos ao "civismo e camaradagem".

segunda-feira, abril 24, 2006

FC Porto campeão nacional ou afirmação de uma região?

Este sábado, o FC Porto garantiu o seu 21º título nacional de futebol. Este título estava praticamente ganho desde o triunfo portista em Alvalade, mas os opositores acreditavam que ainda era possível anular a vantagem portista. Agora já nada retira mais um título ao FC Porto.
Justiça seja feita, mas esta equipa portista é superior aos seus adversários, não só porque, obviamente, tem mais pontos alcançados, mas também, porque tem mais e melhores soluções no seu plantel.
Apesar das dificuldades por que o conjunto de Co Adriaanse passou ao longo da temporada, nomeadamente os casos de atletas com que o treinador deixou de contar e que vieram a sair da equipa, como Jorge Costa e Leo Lima, o braço de ferro com Mc Carthy ou a retirada da titularidade a Vítor Baia. A verdade, é que conseguiu criar um grupo forte, unido e disciplinado.
Depois, Co Adriaanse entendeu que a equipa devia jogar num sistema de três defesas, que muitas das vezes são quatro, deviso à tarefa defensiva da formiguinha da equipa que dá pelo nome de Paulo Assunção e que para mim, foi a chave do sucesso da táctica do técnico holandês, acompanhado de muito próximo pelo excelente momento de forma que o central Pepe conseguiu atingir. Adriaanse teimou nos seus ideais e ganhou.
Em todos os casos, algo em comum. As decisões e ideias de Adriaanse foram seguidas e apoiadas pela Direcção do clube.
As dificuldades surgiram também, quando a equipa foi eliminada permaturamente da Liga dos Campeões. É a presença europeia que assombra esta época portista que a nível interno, não só foi premiada com a reconquista do título nacional, como ainda pode ser abrilhantada, pela “dobradinha”, uma vez quer o FC Porto vai ao Jamor, disputar a final da Taça de Portugal, com o detentor do troféu, o Vitória de Setúbal.
Já me referi ao técnico, mas o principal mérito é dos jogadores, da união daquele grupo de trabalho. Pelo que me apercebi, sempre que estive próximo dos atletas, antes e depois dos jogos, pude constactar que é um grupo muito unido, que levam essa união para os momentos de lazer, que partilham os mesmos ideiais, que se uniram em torno do seu clube e formaram uma verdadeira equipa.
Há que reconhecer ainda o mérito da organização do FC Porto, estar no Estádio do Dragão a trabalhar enquanto jornalista, falo da experiência que tenho, não se pode comparar a nenhum outro clube da nossa Liga. No FC Porto nenhum pormenor é deixado ao acaso. Organização essa que, naturalmente se aplica em muitos outros pontos da vida do clube e da equipa de futebol. Mérito maior, reconheça-se, de Jorge Nuno Pinto da Costa.
Mas para os lados do Dragão nem tudo são elogios, é que o verdadeiro Campeão, é aquele que na hora da vitória sabe respeitar os vencidos e é com profunda mágoa que continua a ouvir o nome de outro grande do nosso futebol, no caso, o Benfica, a ser referido pelos adeptos, com tamanho ódio, que me complica os sistema nervoso. Futebol é festa, alegria, paixão, tudo sentimentos positivos, ódio é algo que deve ser banido do desporto-rei. É que sem adversários as vitórias nunca aconteceriam...
Uma palavra final, ainda para a mentalidade mesquinha e de um provincianismo primário que ainda proliferam nas mentes de muitos adeptos portistas, com expressões de “nós só queremos ver Lisboa a arder” e outras que não posso reproduzir, esquecendo esses individuos, que o FC Porto tem adeptos ( e muitos) em Lisboa e um pouco por todo o mundo. O FC Porto é grande, mas enquanto não se afirmar como tal e deixar as manifestações de tentiva de aproveitar os sucessos do futebol, para afirmação de uma região perante o resto da nação, por muitos títulos nacionais e internacionais que ganhe, nunca deixará de ser um clube regional.

quarta-feira, abril 19, 2006

Corvo Mantorras está de volta

No passado fim-de-semana, o Mantorras voltou à glória. Não me refiro ao futebolista angolano, que até marcou pelo Benfica, contra o Boavista, mas sim, ao corvo (ou gralha?!!!) Mantorras... para os que não conhecem a história desta ave muito "sui generis", partilho convosco o que escrevi, na altura em que o Mantorras foi detido pela GNR. A 12 de Setembro de 2005, logo após o jogo do Benfica no Sporting, para a I Liga, era assim que ralatava os factos...

"Nesta segunda-feira, quando ainda se vai discutindo o clássico de Alvalade e outros embates da jornada três da Liga de futebol, quero falar-vos de um fenómeno chamado Mantorras...
Não, desta vez não é o ídolo dos adeptos do Benfica, até porque esse ficou na bancada na partida de Alvalade, e houve quem gritasse... deixem jogar o Mantorras. Desta vez vamos falar da gralha Mantorras, que se tornou rapidamente na mascote da localidade de Chã, em Colmeias, Leiria.
Numa altura em que as desgraças e as catástrofes é que vão ocupando as páginas dos jornais ou os noticiários em prime-time das televisões, eis que a história de uma gralha, entra pelas nossas casas dentro e não acredito, que a maioria dos portugueses não tenham já um carinho especial por esta ave.
Mantorras, foi mais uma das vítimas dos incêndios que assolaram a região de Leiria em Agosto, combalido com a fuga às chamas e debilitado físicamente, teve que deixar o seu habitat e aproximou-se da população de Chã. Mas esta gralha, que a princípio julgavam ser um corvo, é especial, é meigo, dócil, é... inacreditável... domesticado, ou por outra, chegou à aldeia, instalou-se junto à bomba de gasolina e domesticou a população local, ou pelo menos uma boa parte dos humanos locais.
Mantorras é de tal forma especial que não só não fugia dos humanos que lhe acudiram quando estava em condições físicas débeis, como depois permitia coisas como a tradicional festinha, e como ninguém lhe tinha dito que o bicho homem não é de confiança, ainda deixava passar a mão na barriga e deitava-se de costas, como se de um cachorro se tratásse, diz quem conviveu de perto com Mantorras, que nunca viram nada assim, um verdadeiro fenómeno da natureza.
Pois bem, mas tal como referi atrás, o bicho homem não é de confiança e o Mantorras foi preso... acusado de ter morto uma galinha de uma vizinha de quem o acolheu. A galinha terá sido morta e devorada e a dita vizinha concluiu que tinha sido o Mantorras a matá-la... vai daí, não esteve com meias medidas, e chamou a GNR, que perante a acusão e tratando-se de um animal selvagem (que de perigoso nada tem), acabou por deter o Mantorras, perante o espanto e indignação da população de Chã e entre gritos de foge Mantorras, o animal mantinhasse impávido e sereno a ouvir a acusão que lhe era dirigida pela autoridade e, digo eu... como quem não deve, não teme, Mantorras optou por enfrentar a justiça portuguesa, apesar de até uma gralha já saber que a morosidade é muita e os processos se vão arrastando.
Mantorras não fugiu para o Brasil, nem alegou qualquer tipo de imunidade... Mantorras deixou-se encarcerar e lá foi ele para o Monsanto para Lisboa, como se esse fosse um sítio decente para levar uma qualquer ave séria...
O cúmulo, é que Mantorras foi encarcerado para reabilitação e para que lhe seja devolvida a liberdade, junto de outras aves potenciais ou mesmo criminosas.
Coitado do Mantorras... que teve a infeliz ideia de se aproximar do bicho homem e com isso teve os seus minutos de fama, é verdade, mas lá está preso e ainda ninguém provou que o Mantorras matou mesmo a galinha da vizinha... até porque as gralhas normais, não matam para comer, esperam que a natureza ou outro bicho o faça por eles, para depois se deliciarem com um belo pitéu... Mas Mantorras deu provas de não ser normal e vai daí, como muitos outros que tiveram a veleidade de ser diferentes e fugir aos padrões da sociedade que os acolhe, foi alvo das regras instituídas nessa mesma sociedade.
Depois, vêm os protectores dos direitos dos animais, dizerem que as gralhas são selvagens e não podem estar em cativeiro, mas que coisa... ele era livre, o Mantorras voava quando queria e para onde queria, apenas optou por dar-se com seres humanos, agora está preso... agora sim, está em cativeiro, agora sim está em condição ilegal... É caso para dizer, pela milésima vez, deixem voar o Mantorras."

Resta dizer que sete meses depois de ter estado em cativeiro, em Monsanto (Lisboa), o Mantorras foi devolvido à população de Chã, quase depenado e frágil. A população promete voltar a transformar o Mantorras numa bela ave...
Ah, deliciosa foi a boca de um popular na altura em que Mantorras regressou à sua terra de acolhimento... dizia o anónimo cidadão referindo-se à tal vizinha que denunciou o Mantorras e fez com que a ave tenha sido presa. "Nós sabemos que não comeste a galinha, o que ela (a vizinha) queria, é que o outro Mantorras a tivesse comido a ela, vai daí vingou-se em ti..."
Mantorras estás "aperdoado" e ouve um conselho amigo... foge para os pinhais enquanto podes. É que o bicho homem não é de confiança.

segunda-feira, abril 17, 2006

Homenagem aos idosos deste país

Hoje pretendo falar-vos de um grupo de cidadãos que a nossa sociedade mal-trata e que tal como muitos outros aspectos, me envergonha de pertencer a esta civilização desprovida de princípios e respeito pelos nossos semelhantes. Dá-me náuseas, ver a forma como, na generalidade, se tratam os idosos neste país dito moderno e civilizado.
Ontem, à noite, acompanhei o Telejornal da RTP 1 e assisti a um excelente trabalho da jornalista Margarida Neves de Sousa, a propósito de um estudo efectuado pela Universidade de Braga, que revela que os idosos, em Portugal, são vítimas de maus tratos. A peça leva-nos a percorrer quase todo o país com casos de idosos que são autênticamente "despejados" num lar de 3ª idade, onde nestes mesmos casos, há casas a acolherem idosos que não têm quaisquer condições.
Estranha forma esta de terminar uma vida. Ingrata a missão que todos nós temos pela frente, pois não podemos esquecer que também nós, os que mal tratamos os nosos idosos, talvez cheguemos a velhos, talvez nos venham a fazer algo idêntico àquilo que fazemos aos nossos pais e avós. É este o exemplo que queremos dar aos nossos filhos?
Na peça, podemos constatar duas realidades tão diferentes da 3ª idade, ao encontrar um casal de canadianos que há seis meses se passeiam pelo Portugal profundo, visitam as nossas aldeias típicas e perdidas na interioiridade. Onde para as câmaras da RTP, mostravam a sua admiração pelo facto de não encontrarem crianças nessas aldeias. Duas realidades antagónicas, os canadianos aposentados viajam para o lado de cá do Atlântico, para conhecerem outras realidades. Os nossos idosos, já quase sem forças para se moverem, com mais de 80 anos, ainda têm que trabalhar nas terras para poderem sobreviver nas suas humildes, mas sempre suas, casinhas. E fogem, dos lares de idosos e centros de dia como se fugissem da própria morte.
É tão triste ver a forma como se mal tratam os que ajudaram a construir tudo isto que hoje temos. Os nossos pais e avós deram-nos a vida, trataram de nós enquanto bebés, deram-nos "colinho" para adormecermos, estiveram lá noite e dia, quando estávamos doentes, foram-nos levar e buscar à escola. Em muitos casos tiraram da sua boca para pôr na nossa, sim porque estes homens e mulheres, passaram por dificuldades que os cobardes que os mal-tratam, nem se quer imaginam ser possível alguém passar. Foram tempos tão difíceis, que os levaram a desejar, que os seus filhos e netos, nunca passassem por algo idêntico, fizeram, muitos deles, a revolução que no seu entender iria levar os seus, a terem melhores condições de vida. E que bela forma que estes têm de lhes agradecer...
Todos nós, a sociedade, mal-trata os idosos, desde logo no dia-a-dia, quando se olha com desdém, talvez por sabermos que também um dia seremos velhos e não queremos ser... Mas é inevitável, é a lei da vida... não seremos eternamente jovens.
Há que olhar para a 3ª idade como um objectivo de vida, ou seja, para um dia também nós atingirmos esse estado de evolução, que nos faz perder algumas faculdades físicas e mentais, mas que nada nem ninguém, nos retira a vivência, a sabedoria de quem já por lá passou. Na esperança que um dia a nossa sociedade vai saber honrar os que têm mais idade, presto a minha homenagem a todos os idosos, com votos que a sociedade evolua e saiba honrar os que a construiram.

segunda-feira, abril 10, 2006

Governo francês recua com o CPE... e em Portugal?

O dia de hoje fica marcado pelo anúncio do presidente francês, Jacques Chirac, de que o Contrato de Primeiro Emprego, CPE, será substituído por um mecanismo a favor da inserção profissional dos jovens com dificuldades para entrar no mercado laboral.
Segundo anunciou Chirac, "Por proposta do primeiro-ministro, e depois de ter ouvido os presidentes dos grupos parlamentares e os responsáveis da maioria", o Presidente da República decidiu substituir o artigo 8 da lei sobre igualdade de oportunidades por um mecanismo a favor da inserção profissional dos jovens com dificuldades.
Recordo que o artigo 8 da lei sobre igualdade de oportunidades criou o CPE, que esteve na origem de uma vasta contestação social e política dos sindicatos, da oposição de esquerda e de movimentos de estudantes e de estudantes do ensino secundário.
Esta é claramente uma vitória da união de um povo, contra o que entendem, ser a injustiça de uma lei governamental, que covinhamos, vinha fazer recuar décadas, no que diz respeito ao direito ao trabalho, e direitos dos trabalhadores. Uma vez que a cláusula mais polémica do CPE, que apenas se destina a menores de 26 anos, contempla a possibilidade de os empregadores despedirem sem qualquer justificação durante o período de experiência de dois anos.
O ministro do Interior francês, Nicolas Sarkozy, que participou na reunião como presidente do partido no poder UMP, tinha sugerido, segundo colaboradores próximos, a substituição do CPE por um outro mecanismo, para grande decepção do rival Dominique de Villepin.
Ora esta decisão de voltar atrás do governo francês, após a forte onda de contestação dos jovens franceses, leva-me a reforçar a ideia que sempre tive de que "quem cala consente" e que há que haver união de um povo, para impedir as injustiças do poder.
E em Portugal, será que estamos assim tão longe da realidade francesa? - não creio. Este sistema político, na minha óptica está gasto.
Ainda no sábado, em conversa com um jornalista já com muitos anos de vida e de carreira, pude reflectir sobre o que é isto da Democracia, porque ele me disse que, "Ditadura, é você mandar em mim... Democracia, é eu mandar em você"... Ora aqui está. Não devia de ser assim, mas não é isto que temos neste país?
Que democracia é esta? Onde todos os criminosos, desde que bem defendidos e com dinheiro para tal, podem recorrer a todas as instâncias possíveis e imaginárias, para adiar sentenças.
Onde autarcas corruptos podem concorrer de novo a eleições e, pasme-se, até ganham.
Onde um criminoso retira, numa noite, a vida a sete pessoas, nomeadamente uma filha, a esposa, a amante e mais dois casais e passados 14 anos está em liberdade, ou seja, cumpre dois anos de prisão por cada vida que retirou e há cinco anos está em Inglaterra "free as a bird"...
Que país é este? Que democracia é esta? Onde a Polícia Judiciária, que até consegue desvendar alguns dos podres da sociedade, entre os quais alguns dentro da própria classe política e, talvez por isso, lhe vê serem retirados poderes e verbas para poder exercer a sua função.
Não desejo que em Portugal se registem as manifestações e confrontos que assistimos em França, mas que lá parece que resultaram, não hajam dúvidas.
E cá, até quando vamos assistir impávidos e serenos, à ofensiva aos direitos e regras da constituição que, até ela, parece que para muitos tem os dias contados?...

segunda-feira, abril 03, 2006

Dívidas levam famílias ao desespero

As dívidas à banca estão a fazer os portugueses apertar os cordões à bolsa. Segundo revela um barómetro da Marktest, os cortes estão a chegar às despesas de consumo, uma vez que as prestações, que caiem mensalmente, absorvem grande parte dos rendimentos.
Este é o confirmar de algo que muitos de nós já teve oportunidade de observar, pois são muitos os casos de famílias que passam por enormes dificuldades para cumprir os compromissos assumidos junto da banca. Até porque, convinhamos, viveram-se tempos de enorme exagero no recurso ao crédito para obter produtos que muitas das vezes eram perfeitamente dispensáveis.
Quantos não são os casos de famílias que utilizaram a aquisição de imóveis e o recurso ao crédito para esse efeito, com taxas de juro variáveis a três e seis meses, para não só comprar habitação própria, como para a mobilar, fazer viagens e adquirir viaturas automóveis.
Agora que as taxas de juro dispararam, o que era inevitável, porque vivemos na última década um periodo de taxas de juro extraordináriamente baixas, os portugueses que apontaram para taxas de esforço completamente suicidas no que diz respeito ao seu orçamento mensal, vêem agora os compromissos com a banca assimilarem grande parte dos rendimentos mensais.
Mais grave, é que os rendimentos, em grande parte desses casos, quanto muito mantiveram-se, havendo muitos casos em que estes baixaram drásticamente, devido ao aumento do desemprego e emprego precário.
As mesmas famílias que há uns anos sorriam com as facilidades de recurso ao crédito e ao "cambalacho", muitas das vezes ajudadas pela banca, agentes imobiliários e outros vendedores sem escrupulos, têm agora enormes dificuldades para satisfazer os seus, cada vez mais avultados, compromissos com as prestações bancárias.
Todos nós sabemos de exemplos de pessoas que vivem paredes-meias connosco, que foram ajudadas (pensavam elas), para com pretensas obras na casa que adquiriam, comprarem a viatura dos seus sonhos e outros luxos. Agora que querem desfazer-se da sua casa, para poderem suportar as prestações mensais, eis que a sua habitação, já não vale o que pagaram por ela, pois as construções novas proliferam na nossa praça, o que desvaloriza o usado. Para piorar a situação, em muitos casos, a dívida ao banco inclui o valor dos seus automóveis, que como sabemos, desvalorizam ainda mais depressa.
Vai daí, não há solução possível, é o caos, o desespero no seio da mesma família, que há uns aninhos atrás pulava de alegria com as facilidades em concretizar os sonhos materialistas.
As economias familiraes nunca foram feitas, pois também elas reduziram nas famílias lusitanas e agora, já só se deixarem de comer segundo-prato, ficando só pela sopa e mesmo assim não chega... Isto porque os telemóveis, as roupas de marca, o tabaco, entre outros, são produtos que não podem deixar de ser adquiridos, até porque nestas coisas, há que manter a aparência.
E agora? - Pergunto eu... Será que esses vendedores de sonhos, que com artimanhas burlescas, propiciaram a que as famílias portuguesas sonhassem que podiam ter tudo de mão-beijada, também vão sofrer na pele o rigor das medidas do nosso governo? - Não creio. Porque grande parte da culpa é dos senhores que mandam neste país, os senhores da banca e do lobby imobiliário. A corda, parece-me que vai voltar a romper pelo lado mais fraco... O do consumidor enganado, burlado e... ingénuo.