Neste espaço pretendo partilhar com toda a blogosfera a minha visão sobre os assuntos que vão fazendo o dia-a-dia de todos nós, aqui passará à posteridade... Outros assuntos que mexam com o civismo, que vai faltando na nossa sociedade e a camaradagem, que é fundamental para seguir em frente... são bem vindos ao "civismo e camaradagem".

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Unicef comemora 60 anos apelando ao fim da discriminação sexual

Augusto Pinochet, o General que governou o Chile de 1973 a 1990, em regime ditatorial, ou seja o Ditador Pinochet, morreu ao 91 anos... sobre este assunto que domina a actulidade nesta segunda-feira, só uma expressão me apraz dizer: "Paz à sua alma..." se é que ainda a tem e não perdeu quando a 11 de Setembro de 1973 começou uma das páginas mais negras da história mundial contemporânea, porque o mal que fez enquanto vivo, não acaba, nem se quer diminui com a sua morte.
Mas hoje pretendo falar sobre os 60 anos da Unicef, o Fundo das Nações Unidas para a Infância comemora esta bonita idade apelando ao fim da discriminação de sexos fundamental para as crianças. O fim da discriminação sexual e um aprofundamento do papel das mulheres poderão ter "um impacto profundo e positivo na sobrevivência e no bem-estar das crianças". É a conclusão de um relatório da Unicef sobre a situação mundial da infância em 2007.
"A igualdade de género e o bem-estar das crianças são indissociáveis", referiu a directora executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Ann Veneman, notando que "quando as mulheres estão capacitadas para levarem uma vida plena e produtiva, as crianças e as famílias prosperam".
Porque as mulheres, são lindas, meigas, inteligentes, notáveis, são... vida, são a génese de todos nós, temos que definitivamente dar igualdade de direitos a quem, pelo menos nos primeiros tempos de vida de todos nós, tem um papel decisivo na criação e educação de todos. São as mulheres, são as mães, que nos traçam as linhas-mestras do que seremos no futuro... por muito que nós, homens, não queiramos que assim seja... admito e nada me custa, porque sou pai e conheço o papel da mãe... que realmente "Mãe há só uma...", é insubstituível e todos nós temos a ganhar com esta batalha que a Unicef quer travar, porque todos precisamos de mães e mulheres disponíveis, com igualdade de direitos e tratamento especial em matéria de, por exemplo, natalidade, porque sempre que uma mulher dá há luz, uma nova vida nasce, não é um acto dela, mas sim igualmente do pai da criança e, naturalmente, da criança em si...

O relatório da Unicef indica ainda que, apesar dos progressos no estatuto das mulheres nas últimas décadas, a vida de milhões de mulheres está ainda "ensombrada pela discriminação, falta de poder e pobreza".
Como forma de reforçar a igualdade dos géneros, o relatório da Unicef propõe intervenções em sete áreas fundamentais:

* educação,
* financiamento,
* legislação,
* quotas legislativas,
* capacitação de mulheres por mulheres,
* envolvimento dos homens e jovens,
* melhores investigações e dados.

Parabéns à Unicef e a esta causa que agora defende, é que não há crianças sem mães e o bem estar das crianças começa, realmente no bem-estar das suas progenitoras, pelo que espero que esta causa venha a ter sucesso.

segunda-feira, dezembro 04, 2006

As deficiências da nossa sociedade...

Na sequência do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência que se assinalou ontem, venho prestar a minha homenagem aos cidadãos que têm que ultrapassar diariamente as barreiras que surgem para os que são diferentes, não têm as capacidades físicas ou mentais ditas normais. Mas que se analizarmos bem, têm muito mais apetência, que muitos dos que dispõem de todas as capacidades e com tudo de "mão-beijada", continuam eternamente uns "verdadeiros parasitas da sociedade".
São muitas as dificuldades que os portadores de deficiências têm de superar, muitas delas em locais públicos, em locais que os Estado exige a todos os cidadãos que frequentem, não se lembrando dos que precisam de condições de acesso diferentes, isto para além das muitas obras privadas que não têm em conta os deficientes.
Na sequência deste problema que constatamos diariamente, o primeiro-ministro apresenta hoje, o Plano de Acção para a Integração das Pessoas com Deficiências ou Incapacidade que prevê 95 medidas, entre as quais, o aumento em 30 por cento dos serviços de apoio domiciliário. O plano que vigorará até 2009, define um conjunto de medidas e acções que visam promover a reabilitação, a integração e a participação das pessoas com deficiência na sociedade.
Em curso, está a elaboração de um guião técnico na área das acessibilidades que permite descodificar a nova lei das acessibilidades e, em fase de finalização, está a concepção do programa de formação e-learning para agentes autárquicos em matéria de acessibilidade abrangendo 80 autarquias. O plano prevê também a criação de Centros Novas Oportunidades para pessoas com deficiências que irão adaptar os referenciais de reconhecimento e validação de competências para a população com deficiência. O compromisso governamental é criar seis centros até 2008 que deverão fazer o atendimento preferencial à população com deficiência sem o 3º ciclo de escolaridade que, de acordo com os CENSOS 2001, ronda as 200.000 pessoas entre os 15 e os 59 anos. Ainda no âmbito da educação, está prevista em 2007/2008 a introdução de um programa curricular de língua gestual portuguesa, com coberturas de toda a população escolar surda (dois mil estudantes) do ensino básico e secundário.
Por outro lado o Governo quer atingir, em 2009, o universo de 1000 alunos cegos e com baixa visão com oferta de manuais escolares e de livros de leitura extensiva em formato digital e reestruturar as escolas de educação especial em Centros de Recursos criando 25 Centros de Recursos.
Igualmente prevista está a criação até 2009 de 20 Residências Autónomas para pessoas com deficiência com alguma autonomia no dia a dia representando um total de 100 lugares assim como o aumento de 10 por cento de Centros de Actividade Ocupacional criando assim 1014 lugares.
São medidas que se aplaudem e que esperamos venham a ser colocadas em prática, para melhor a vida dos cidadãos portadores de deficiência e a sua integração na sociedade, criando condições para que possam ter acesso à formação e assim, terem capacidade para desempenhar funções que lhes garantam a satisfação e utilidade à sociedade, porque na prática o conseguem ser.
Mas, muito mais há a fazer que estes planos, refiro-me às barreiras arquitectónicas e acesso às novas tecnologias que diariamente se colocam no caminho destes cidadãos especiais, que muitas das vezes as conseguem superar de forma heróica, que demonstram todos os dias que com força de vontade nos conseguimos superar a nós próprios, mesmo que à nossa volta poucos se preocupem em nos dar uma ajudinha para que as tarefas mais banais, como sejam sair de casa e ir ao café, sejam sempre autênticas provas de obstáculos. A este plano de formação, que o Governo quer aplicar, eu sugiro, com urgência, uma reciclagem aos licenciadores de obras e serviços públicos, que definitivamente devem ter em linha de conta e como primeira propriedade, o bem-estar dos cidadãos portadores de deficiências. Para que a sociedade tenha algum sentido.