Neste espaço pretendo partilhar com toda a blogosfera a minha visão sobre os assuntos que vão fazendo o dia-a-dia de todos nós, aqui passará à posteridade... Outros assuntos que mexam com o civismo, que vai faltando na nossa sociedade e a camaradagem, que é fundamental para seguir em frente... são bem vindos ao "civismo e camaradagem".

quarta-feira, junho 28, 2006

Tasquinhas animam Monte Real

Este fim-de-semana, decorrem as Tasquinhas de Monte Real, numa iniciativa inserida nas comemorações do aniversário da vila. A iniciativa que vai decorrer no Parque Olímpyo Duarte Alves, no centro da vila, conta com a organização da Junta de Freguesia local e a participação de associações culturais, desportivas e sociais da freguesia.
Na sexta-feira, a abertura das tasquinhas está marcada para as 20 horas, havendo ainda um concerto com a banda FUZZ I.D., pelas 21h30.
No sábado, o dia será recheado de actividades, as tasquinhas abrem às 10h30, às 15 horas tem início a prova de BTT, "3 horas de resistência Trilhos do Lis/Termas de Monte Real", pelas 17 horas tem lugar a actuação de dança do "Grupo Explosion de hip hop", seguido de demonstração de Ju-Jitsu. À noite, a partir das 21 horas haverá baile com a Dual Band e pelas 23 horas, espectáculo de malabarismo com fogo pelo Grupo de Escuteiros de Monte Real.
No Domingo, as tasquinhas abrem às 10h30, às 17h30 o Grupo de Teatro da Casa do Povo de Monte Real, leva à cena no Cine-Teatro a peça "Fly Buy". Às 19h30 tem lugar a actução das Danças e Cantares de São Romão e pelas 21 horas, tem início o baile com Oxigénio.
Paralelemente, vai decorrer a 1ª Feira do Livro de Monte Real, a qual vai decorrer até dia 9 de Julho e ainda vai receber o Passeio Turístico e demonstração de carros de colecção (França/Portugal), que decorre de 1 a 9 de Julho.

SIR 1º Maio fecha época com prémios e homenagens

A Sociedade Instrução e Recreio 1º Maio de Picassinos realizou no passado sábado a festa de encerramento da época 2005/06 de andebol. Prémios individuais aos atletas dos diversos escalões, duas homenagens e a animação com Karaoke levaram ao rubro a sala composta por atletas, treinadores, pais e dirigentes.

Mais de uma centena de pessoas marcaram presença no jantar de encerramento da época desportiva do andebol da SIR 1º Maio, onde o convívio entre as diversas equipas da colectividade de Picassinos foi o tónico para um serão muito agradável. Numa época em que praticaram a modalidade no clube, cerca de 180 atletas, desde os bambis aos seniores e depois de vários meses de esforço e dedicação, os atletas dos vários escalões, assim como seus treinadores, pais, dirigentes e antigos atletas do clube, juntaram-se à mesa, para terminar em convívio a época desportiva e proceder à entrega de vários prémios individuais.
A cerimónia de entrega de prémios, foi acompanhada pela projecção de várias imagens, números e factos da época que agora termina. Mas a emoção foi subindo gradualmente, à medida que eram chamados ao palco os distinguidos com os três tipos de prémios, que este ano foram "Melhor defesa", "Prémio empenho" e "Atleta exemplar", com um atleta distinguido em cada escalão, nomeadamente, Bambis, Minis, Infantis femininos e masculinos, Iniciados femininos e masculinos, Juvenis masculinos e seniores femininos e masculinos. Assim como dois jovens atletas (Gonçalo Dinis e Flávio Amaral) pela sua disponibilidade para arbitrarem jogos sempre que era necessário recorrer a atletas da casa.


Homemagens a Emídio Carvalho e Eurico Nicolau/Ivan Caçador

Na sequência dos prémios entregues ao actuais atletas do clube, seguiram-se duas homenagens, que muito emocionaram os presentes, começando pelo treinador Emídio Carvalho, falecido recentemente, o qual não foi esquecido pela SIR 1º Maio, tendo, para o efeito, sido entregue um troféu a um seu familiar. Foi ainda num espírito de forte comução, que foi prestada uma outra homenagem, neste caso à dupla de jovens árbitros internacionais de andebol, Eurico Nicolau e Ivan Caçador, que começaram por praticar a modalidade na SIR 1º Maio, antes de iniciarem a sua carreira como árbitros, que os levou ao topo da carreira ainda com muitos anos pela frente nesta actividade.
A festa prosseguiu com as várias equipas a juntarem-se e a cantarem no Karaoke que permitiu que o convívio entre as diversas gerações se estendesse pela noite dentro. Agora, seguem-se as férias, em Setembro estes jovens e outros, voltam aos pavilhões de Picassinos e junto à escola Nery Capucho, para continuarem a praticar andebol e dignificar o nome da Marinha Grande pelo país fora. Mas como a modalidade parece estar na moda, a SIR 1º Maio realiza já este fim-de-semana a segunda edição do torneio de andebol de praia SIR/Snoobar em São Pedro de Moel, com jogos de juvenis e seniores, masculinos e femininos, este ano com a particularidade do escalão sénior ter o torneio popular e o torneio que vai abrir o VI Campeonato Nacional, começando a época do Circuito nacional.


LISTA DE PREMIADOS

Melhor Defesa:
Minis: Bruno Dinis
Infantis femininos: Patrícia Mendes
Infantis masculinos: Ricardo Tomé
Iniciados femininos: Soraia Prazeres
Iniciados masculinos: Gonçalo André
Juvenis masculinos: Hugo Neto
Seniores femininos: Ana Luísa
Seniores masculinos: Vitor Duarte

Prémio empenho:
Bambis: Ricardo Machado
Minis: Nuno Lopes
Infantis femininos: Sofia João
Infantis masculinos: André Gomes
Iniciados femininos: Inês Ferreira
Iniciados masculinos: Gonçalo Dinis
Juvenis masculinos: Pedro Gomes
Seniores femininos: Joana Rodrigues
Seniores masculinos: João Antunes

Atleta exemplar:
Bambis: João António
Minis: Bruno Amaral
Infantis femininos: Rita Cardoso
Infantis masculinos: Filipe João
Iniciados femininos: Catarina Norte
Iniciados masculinos: João Sousa
Juvenis masculinos: Adérito Esteves
Seniores femininos: Ana Ferreira
Seniores masculinos: Roberto Silva

segunda-feira, junho 26, 2006

Sangue, Suor e Lágrimas... mas já estamos nos quartos de final do Mundial

A nossa bandeira devia passar a ter mais um castelo. Ontem conquistámos mais um, não aos Mouros, mas aos holandeses.
A partida de ontem para os oitavos de final do Mundial de futebol em que a selecção portuguesa bateu a Holanda, por 1-0, foi muito mais que um jogo de futebol, foi uma verdadeira batalha, não só porque todos os intervenientes foram ao seu limite, mas porque literalmente houve momentos dignos de guerreiros.
Mas falemos dos nossos, os lusitanos, que tal como noutros embates da nossa história, eram menos na bancada, menos nas imediações do estádio, mas convictos que dentro das quatro linhas, aí, seriam onze contra onze. Puro engano, rapidamente os adversários trataram de usar de armas menos próprias para nos inferiorizar, com uma entrada bárbara conseguiram acabar com o que prometia ser uma grande "dor de cabeça" para a defensiva laranja, Cristiano Ronaldo, que sentiu na pele a fúria de um adversário, que saiu do lance com um muito brando cartão amarelo.
Mas foi ainda com o "puto maravilha" em campo, a intervir na jogada que o colectivo português desenhou com mestria, que Maniche fez o golo que viria a valer a passagem aos quartos de final. Pouco depois, o lesionado Cristiano Ronaldo teve mesmo que ser substituído.
O sofrimento ainda estava no início, é que já perto do final do primeiro tempo, Costinha, de forma infantil, colocou a mão na bola e foi expulso por acumulação de amarelos e até devia ter sido avermelhado mais cedo, não tivesse o árbitro estado desatento numa entrada faltoso sobre um adversário.
Tal como noutras batalhas, ficámos em inferioridade, eramos mesnos como em Aljubarrota, mas se aí foi com a técnica do quadrado, que Nuno Alvares Pereira levou a melhor. Desta vez, foi igualmente com muita inteligência e muita entrega que conseguimos a vitória final.
Foi um segundo tempo de grande sofrimento, épico, de emoções à flor da pele, tudo valia para ajudar os nossos que estavam no relvado, de joelhos, agarrados à bandeira, com as mãos na cabeça, com os olhos fechados, orando ao que para cada um é mais divino.
Figo com inteligência e muita entrega conseguiu arrancar o segundo amarelo a um opositor e igualar numéricamente a partida, mas Deco não aguentou a falta de Fair-Play de um adversário e vai daí entrou de forma violenta, ficando em campo devido ao árbitro compreender as atenuantes que levaram o Luso-brasileiro a travar a progressão do holandês que deve ter envergonhado muitos compatriotas seus, com a sua falta de desportivismo. Mas pouco depois, Deco viria a ser expulso porque segurou a bola com a mão, evitando a reposição rápida dos holadeses.
Mais uma vez estávamos com menos um jogador, mas os nove que resistiam valiam por muitos, foram brilhantes a lutarem, a entregarem-se a esta causa. É isto que é ser português, é vencer as adversidades que se dos deparam, é dobrar os cabos que surgem na nossa rota... porque todos acreditamos e desejamos que vamos estar no dia 9 de Julho em Berlim, porque 40 anos depois... desta vez, eu acredito que Portugal vai mesmo chegar à final.

quarta-feira, junho 21, 2006

Torneio de S. Pedro no circuito nacional de andebol de praia

Com o andebol de pavilhão a terminar a época, as emoções vão transitar para os areais. Para já, é certo que o torneio de andebol de praia da Praia do Pedrogão, organizado pelo Académico de Leiria, que estava previsto para o primeiro fim-de-semana de Julho, vai ser adiado numa semana, devido às obras que decorrem no parque de campismo local.
O torneio do Pedrogão passará a ser o segundo do circuito nacional de andebol de praia, que abriu a vaga do primeiro fim-de-semana de Julho, para outro torneio.
Ora isso levou ao convite formulado à SIR 1º Maio de Picassinos, por parte da Federação, para que o seu torneio, a levar a cabo em São Pedro de Moel, marcado para o próximo fim-de-semana, fosse adiado para o fim-de-semana seguinte e assim, ao segundo ano de vida, entrar para o circuito nacional.
Assim vai acontecer, pelo que o II Torneio de andebol de praia SIR/Snoobar de São Pedro de Moel, vai disputar-se nos dias 30 de Junho e 1 e 2 de Julho, com jogos das categorias de juvenis, masculinos e femininos e seniores, masculinos e femininos, este ano com a particularidade de apresentar jogos disputados à noite.
O prazo para inscrições foi também alargado para 26 de Junho.

terça-feira, junho 20, 2006

Passeio de bicicleta ao Tremelgo

Vai a Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola EB1 de Picassinos (Marinha Grande) levar a cabo no próximo Sábado, dia 24 de Junho, um passeio de bicicleta ao Tremelgo, seguido de pique-nique e convívio.
Esta iniciativa, que este ano voltamos a levar a cabo, surge como forma de promover um convívio de encerramento do ano lectivo para os alunos, pais, encarregados de educação, familiares e população em geral.
A saída está prevista para as 10h30, junto ao edifício 1 da EB1 de Picassinos, seguindo até ao Tremelgo de bicicleta, onde irá ocorrer o almoço, em que cada um leva o seu. Temos uma surpresa reservada para os participantes, assim como no local irá ocorrer "A descoberta do tesouro" e muita animação, com pinturas faciais, jogos, risos e muito mais.

Até Sábado...

segunda-feira, junho 12, 2006

Selecção portuguesa convenceu-me...

Começou o Mundial de futebol e Portugal desta vez não teve uma vitória moral, mas sim um triunfo desportivo, dentro das quatro linhas, marcou e não sofreu. Apesar de para muitos críticos, se ter tratado de um resultado melhor que a exibição. Eu discordo completamente.
Portugal ganhou a Angola por 1-0, resultado que considero magro, para a forma como a selecção das quinas se mostrou superior ao seu voluntarioso adversário. Ganhar por uma bola era o mínimo em que a razoável exibição portuguesa podia resultar.
É importante que todos vistam a camisola portuguesa, ou então, se de futebol nada percebem, porque nunca se quer, calçaram umas chuteiras, deixem de comentar esse assunto.
Entendo que fundamental num jogo inicial deste tipo de provas é ganhar. Isso foi conseguido, controlando o jogo e uma vantagem que foi alcançada nos instantes iniciais.
O golo lusitano não foi obra do acaso. Logo nos segundos inicais, Portugal esteve a escassos centimetros de marcar o golo mais rápido da história dos mundiais, seguiu-se-lhe o golo e mais alguns minutos de pressão asfixiante sobre os possantes angolanos. Depois, Portugal soube levantar o pé, dosear esforços, porque a nossa selecção tem que estar preparada para estar em forma, não agora, mas lá para finais de Junho e princípios de Julho, é aí, no "mata-mata" que tudo se vai decidir. Nestes jogos o importante é marcar, gerir e somar três pontos.
A selecção portuguesa rubricou uma exibição muito melhor que eu esperava, mostrou capacidade de sofrimento, apesar de faltarem duas das suas estrelas, Deco, que esteve ausente fisicamente e Cristiano Ronaldo, que fez figura de corpo presente, mas mesmo assim ainda teve oportunidade de enviar uma bola à trave. Portugal mostrou um Luís Figo brilhante, foi emocionante ver o segundo melhor jogador português de todos os tempos, logo após ao nosso Eusébio, jogar e fazer jogar como fez. A defesa esteve muito consistente, o guarda-redes esteve brilhante nas poucas vezes que foi obrigado a intervir. O que se quer mais num jogo inaugural de um Mundial, com a carga de nervos que recai sobre os nossos atletas? Não percebo as críticas, mas parece que sou dos poucos que fiquei muito contente com o pragmatismo da selecção nacional. Devo ser eu que estou enganado, até porque neste país todos percebem muito de bola, até os que na hora do jogo, optaram por ver a novela e depois foram os primeiros a apontar o dedo aos nossos atletas, quando souberam o resultado.
Continuo a achar que a quipa de Scolari esteve muito bem. Parabéns Portugal, apesar do triunfo ter deixado frustrado muitos portugueses, que tinham o discurso feito para a má estreia e como Portugal até ganhou, mudaram umas linhas e mantiveram o tom de amantes da desgraça... enfim, não há quem perceba este povo, que nem com um futebol ao tom do Samba a impôr-se aos ritmos do Kizomba, conseguem deixar de entoar as tristes notas do nosso Fado.
Scolari, Figo e companhia, força..., porque já diz o nosso povo, os "cães ladram e a caravana passa...".

quarta-feira, junho 07, 2006

Picassinos uma Freguesia sem Junta

Na Apresentação da obra "Picassinos e seus Vultos... Alfredo Ferreira", a criação da freguesia de Picassinos, foi por várias vezes abordada. Parece, cada vez mais, ser um movimento que não vai parar. Eu, sou dos que defende esse objectivo, como ainda na semana passada deixei claro na Tribuna da Marinha Grande, uma vez que para mim, Picassinos é uma Freguesia sem Junta.
Durante este serão, Hermínio Nunes, co-autor da obra editada pela SIR 1º Maio, deixou claro que, no seu entender, Picassinos será freguesia brevemente e fundamentou com documentos históricos (como sempre faz na defesa das suas teses), alguns dos quais constam da obra agora editada. A carga histórica da localidade, como centro de outros lugares envolventes, casos de Comeira, Pedrulheira e Tojeira, no entender de Hermínio Nunes, fundamentam a criação daquela nova freguesia marinhense, ao que o historiador acrescenta a localidade de Estação, cuja inclusão nessa futura freguesia também deverá ser ponderada.
Com a colectividade de Picassinos a comemorar os 85 anos de existência, Hermínio Nunes, entende que a localidade será freguesia antes de que a SIR 1º Maio complete o centenário, colocando as edificações da colectividade, da escola primária e mais recentemente da Igreja de Santo António, como marcos rumo a esse objectivo.
Quem também manifestou a sua concordância com a pretensão de alguns picassinenses, de iniciar um movimento que leve à criação da futura freguesia de Picassinos, foi o representante da Junta de Freguesia da Marinha Grande, o secretário, Orlando Calvete. No entender do qual, com a criação de mais alguns serviços e obras, Picassinos passará a ter tudo para ser freguesia.
Também na Câmara Municipal já tive algum feed-back positivo e esta ideia parece ser encarada com naturalidade, pelo que esperamos que o cemitério seja feito (talvez arranque este ano) e com mais algumas infra-estruturas que são necessárias para melhorar a qualidade de vida da população, estou convencido que todos juntos alcançaremos esse objectivo de criar a Freguesia de Picassinos.

terça-feira, junho 06, 2006

Picassinos e seus Vultos um livro a adquirir

A completar 85 anos de vida, a Sociedade de Instrução e Recreio (SIR) 1º Maio de Picassinos, editou o primeiro volume da série "Picassinos e seus Vultos". O primeiro livro, cujo lançamento decorreu no passado sábado, tem como vulto em destaque o poeta e músico popular, Alfredo Ferreira.

Foi perante uma sala cheia que decorreu a apresentação do livro "Picassinos e seus Vultos... Alfredo Ferreira", em mais uma iniciativa da SIR 1º Maio que reuniu cerca de centena e meia de amigos daquela localidade, familiares de Alfredo Ferreira e personalidades da sociedade marinhense que acompanham os eventos ligados com a cultura e literatura marinhense.
A obra editada pela SIR 1º Maio, é uma co-autoria de Hermínio Nunes, Isabel Ferreira e Luís Abreu e Sousa, contando com capa da autoria de Guilherme Correia. O historiador marinhense, Hermínio Nunes, faz na obra a abordagem histórica da localidade de Picassinos e outros lugares envolventes. Isabel Ferreira, filha do vulto homenageado na obra, falecido há cerca de 50 anos, faz a recolha de letras e músicas da autoria do seu pai, entre outros dados sobre a vida e obra deste vulto picassinense. Luís Abreu e Sousa, faz um trabalho de pesquisa da sociedade de Picassinos de tempos remotos até aos nossos dias, em especial da família de Alfredo Ferreira, mas é ainda o grande mentor deste projecto abraçado pela SIR 1º Maio. Luís Abreu e Sousa foi quem coordenou a obra, providenciou financiamento, mobilizou vontades e angariou parceiros, que dentro das suas possibiliades contribuiram para a edição do livro, que tem prefácio do Dr. Carlos Palhavã.
A apresentação do livro contou com a moderação do Dr. Vítor Hugo Beltrão, várias intervenções e momentos musicais e de folclore, onde se cantaram, tocaram e dançaram as obras musicais da autoria de Alfredo Ferreira. A obra "Picassinos e seus Vultos... Alfredo Ferreira", tem um preço de 12,50 € e vai estar à venda na sede da SIR 1º Maio, papelarias de Picassinos e algumas livrarias e papelarias da Marinha Grande. Para encomendas, poderá ser contactada a Direcção da SIR, pelo e-mail: direcao@sir1demaio.mail.pt .

segunda-feira, junho 05, 2006

Dia Mundial do Ambiente e a desertificação

Neste Dia Mundial do Ambiente, ficámos a saber que um terço da população mundial vive em regiões secas e de acesso difícil à água, numa realidade que, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), atinge dois mil milhões de pessoas, em 100 países.
Se o nosso país vai estando longe de outras tragédias que assolam o planeta, neste caso da desertificação, da falta desse bem precioso que é a água, Portugal está na lista da ONU. Um terço do território nacional tem características climáticas, de solo e de vegetação próprias das zonas áridas. As regiões mais afectadas encontram-se no interior e estendem-se pelo país de Sul a Norte. Este fenómeno provoca o abandono de terras e gera fluxos migratórios das populações do interior para as grandes cidades, daí que tenhamos um país tão pequeno e mesmo assim, com realidades tão diferentes entre litoral e interior.
É um facto que em alguns países, principalmente no continente africano, o problema é mais grave, onde todos os anos milhares de pessoas morrem por causa da seca, no entanto há que tomar medidas para voltar a repovoar o país na sua plenitude, para não desequilibrar ainda mais o barco.
À falta de água, junta-se os incêndios que ano após ano, vão fazendo desaparecer a nossa mancha verde, tão característica das terras lusitanas. Essa floresta que vai ardendo por falta de medidas de fundo na prevenção e combate aos incêndios e aos incendiários, de décadas de políticas assassinas.
Os fogos já começaram um pouco por todo o país, casos de Barcelos, Amarante, Águeda, Mértola, entre outros que nas últimas horas ardiam, ou ainda ardem. Teme-se que venhamos a ter mais um ano em que continue a desaparecer uma das razões que ainda mantém as populações no interior, a floresta, que dá trabalho directa ou indirectamente aos habitantes do interior do país, sendo em muitos casos o único motor das economias locais.
Voltando à visão da ONU, sobre o panorama geral do planeta, as Nações Unidas calculam que cerca de 135 milhões de pessoas estão em risco de abandonar os territórios devido à aridez, à falta de condições para a agricultura e abastecimento de água e explicam que se não houver um uso sustentável dos recursos, o já frágil equilíbrio pode transformar terras áridas em desertos.
Neste Dia Mundial do Ambiente, as Nações Undias apelam para o não abandono das zonas áridas. Perante um cenário de mudanças climáticas e de perda da biodiversidade, a ONU pede aos povos e decisores políticos medidas para contrariar o fenómeno da desertificação.
Ora, como diz o ditado popular, sobre "casa onde não há pão...", neste caso aplica-se a "território onde não há água...". Nessas regiões, os conflitos por razões de sobreviência agravam-se e podem levar a fugas em massa.
Em Portugal e à nossa escala, o fenómeno é idêntico, cada vez mais se regista a fuga para as cidades, em especial as do litoral, até porque, o investimento público é para o litoral que é endossado e a disparidade é cada vez mais acentuada. De uma vez por todas, para que tenhamos um país mais uniforme, há que criar motivação nas populações para voltarem às terras do interior, para que Portugal seja um só, com bom Ambiente e qualidade de vida.